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domingo, 6 de janeiro de 2008

Dor nas costas, nas pernas, no peito ou no abdômen, problemas de pele, complicações digestivas, insônia, cansaço exagerado, aperto na garganta, falta

Dor nas costas, nas pernas, no peito ou no abdômen, problemas de pele, complicações digestivas, insônia, cansaço exagerado, aperto na garganta, falta de ar, azia, palpitação e dores de cabeça... Apesar dos sintomas, os exames atestam que tudo está em ordem, não há nada de errado com a saúde desta pessoa e o estresse emocional pode ser a causa de tantas queixas. "É o que chamamos de somatização, ou seja, a transferência para o corpo, inconscientemente, das dificuldades sentimentais com as quais não conseguimos lidar", explica a psicóloga Adriana de Araújo, especializada no tratamento de fobias. A razão da somatização pode ser um trauma pela perda de uma pessoa querida ou a incapacidade de conviver com sentimentos como o medo, a frustração, a insegurança, a raiva, a culpa... “Assim que constata que a saúde está perfeita, a maioria das pessoas costuma sair do consultório tranqüila, mas uma minoria - cerca de 3% da população - não se conforma com o diagnóstico. O indivíduo tem certeza de que está enfermo e de que a doença é grave”, diz Adriana de Araújo. E assim, inicia uma peregrinação de consultório em consultório, capaz de se estender por muitos anos. "Esta pessoa, de fato, está doente. O mal que a atinge é a hipocondria", diz a psicóloga. Depois de passar por vários especialistas, tais como clínicos gerais, endocrinologistas, oftalmologistas, ortopedistas, ginecologistas, neurologistas e cardiologistas, ela, enfim decide procurar ajuda psicológica. A hipocondria é um estado psicopatológico em que o ser humano tem um medo mórbido de sofrer de um distúrbio progressivo em algum órgão. O hipocondríaco tende a supervalorizar a gravidade de males banais - como um resfriado - e a interpretar reações normais do organismo como se fossem problemas sérios de saúde. “Outra característica é a necessidade de falar sobre a 'doença' com todo mundo. Pode até tratar-se de carência afetiva, mas isso não significa que o indivíduo simule ou 'finja' os sintomas - ele sente realmente, as dores das quais se queixa e acredita mesmo que está doente", afirma Adriana de Araújo. Independentemente da idade, quem tem predisposição a se tornar hipocondríaco é justamente aquele com maior dificuldade em lidar com as incertezas, perdas e tristezas da vida. "Quem consegue trabalhar bem as próprias emoções dificilmente desenvolverá um quadro como esse”, afirma Adriana. A hipocondria momentânea ou leve, que qualquer um está sujeito a desenvolver em um estágio da vida, tende a desaparecer assim que o obstáculo emocional que a desencadeou seja superado. "É mais um quadro de somatização do que propriamente hipocondria", diz a especialista. Já a hipocondria severa, aquela em que a pessoa fica 24 horas por dia preocupada com a doença que acredita ter, precisa de tratamento. "Dificilmente esta pessoa conseguirá controlar os pensamentos mórbidos e superar a enfermidade sem ajuda profissional", diz Adriana. Sem tratamento, sua vida transforma-se num inferno, não só pelo medo constante de ficar doente, mas pela angústia e depressão provocadas por esse pânico. Com o tempo, a própria instabilidade emocional que acompanha a hipocondria enfraquece o sistema imunológico e predispõe o organismo a doenças reais. Tratamento Medicação antidepressiva e terapia são a base do tratamento contra a hipocondria. "Reconhecer as emoções ruins que procuramos negar, por um mecanismo inconsciente de defesa, muitas vezes, já é suficiente para fazer cessar os sintomas, mas para isso é fundamental um auxílio específico. Não adianta tomar remédios, sem trabalhar os sentimentos que provocam as reações físicas", explica. “Em uma outra etapa do tratamento é importante que o paciente perceba que uma série de doenças e sensações desagradáveis podem ser apenas produtos da maneira de agir e de pensar de cada um. E o começo da cura acontece quando percebemos que somos os responsáveis pelo padrão de pensamentos que cultivamos: negativos ou positivos”, diz a psicóloga Adriana de Araújo.
Agência Estado

5 comentários:

  1. Oi doutora sou a Lorrany Ceia tenho 15 , eu sinto todos esses sintomas , as vezes consigo me interter com outras coisas e as vezes não , quando eu entro em crise começo a sentir essas coisas as pessoas ficam falando que eu estou fazendo cena e que não estou sentindo nada , me esforço ao máximo para melhorar mais tenho muito medo de morrer !

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  2. Ola estou sentindo esses sintomas mais,perto das pessoas faço q nada esta acontecendo mais durante a noite nao consigo nem dormir d tanta dor nas costas,e fico pensando em ter uma doença

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  3. Desculpa mas do jeito que a grande maioria dos médicos são tem muita gente com problema d verdade e médico só da atenção quando é grave. Oq não acha a causa vira síndrome. Sofri quase 2 anos tentando voltar a praticar musculação e sempre mandavam fazer fisioterapia. Fui no médico bom mandou fazer oq já sabia q não ia funcinar e depois ressonância ai deu oq já sabia ruptura parcial de um tendão. Tenho q operar para tirar a instabilidade do ombro. Então amigo cure sozinho pois tudo é virose

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  4. Olá. Sinto dores muito fortes na costas, no peito e abaixo do peito e na barriga e isso sempre acontece de madrugada. Ñ consigo dormir e nem encontrar uma posição confortavel de tanta dor que sinto. Gostaria de saber o que pode ser.

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